Desde os primórdios, na era antiga, os seres humanos ancestrais já tinham a necessidade de se adornar de alguma forma. No início, o design de joias consistia em aproveitar os materiais do cotidiano, como pedras, conchas, ossos e couro para se fazer colares, pulseiras, brincos e anéis. Além da função estética, serviam para identificar membros importantes das comunidades e também tinham diversos significados para momentos cerimoniais. Neste post, vamos fazer uma pequena viagem no tempo para rebuscar a história do design de joias e a importância dessas peças para as sociedades.
Cronologia do design de joias: referências clássicas e históricas
Cada povo adaptava os materiais disponíveis em seu território, como bronze, ouro e pedraria para criar suas peças de adorno. O design de joias, inicialmente, obedecia a temas religiosos para cultos locais. Eram fabricadas com base nos mitos e no folclore do povo que representava. Veja algumas das sociedades que influenciaram o design de joias ao longo dos anos.
Egito
Mestres da ourivesaria, esses artesãos utilizavam metais, como o cobre e o ouro, e belas gemas para enfeitar os pesados braceletes, colares e máscaras cerimoniais. Também faziam peças a partir de vidro e esmalte vitrificado. Além de metais, seu território também era rico em pedras preciosas como turquesa e lápis-lazúli. Os desenhos das joias egípcias se baseavam na mística dessa sociedade. Anéis de escaravelhos, colares de cruz da ressurreição e homenagens aos seus vários deuses eram parte de seu repertório.
Grécia
Utilizavam técnicas de granulação, fundição, gravação, filigrana, entre outras. A mitologia também aparecia muito nos desenhos de joias, vasos e ornamentos gregos. A busca do belo passava por referências no cotidiano, como a arquitetura das polis, as formas geométricas, medidas de proporção e a anatomia humana.
Era Medieval
É a era em que impera a arte sacra cristã, ou seja, uma era teocêntrica. Na Europa, era praticamente o único tipo de arte que se produzia. Crucifixos, relicários, correntes e peças litúrgicas. Fora o design de joias, as artes plásticas também obedeciam ao mesmo tema e atendiam à demanda da igreja católica, detentora das leis e coletora de impostos. Os nobres da época também eram católicos fervorosos e seus adereços, no geral, levavam o tema religioso. Gostavam de pérolas, safiras, esmeraldas e rubis.
Renascença
É o início do antropocentrismo nas artes. O homem se torna o centro das atenções e a arte deixa de ser eclesiástica para ser estética. As joias ganharam outro significado e não só o de ligação com o eterno. A chegada de outros tipos de pedras preciosas também serviu para aquecer o mercado e era comum ver pessoas com vários anéis na mesma mão. Também se popularizou o uso de pingentes, broches e enfeites de chapéu.
Art déco
Um bom tempo se passou desde a renascença. A Europa deixou de ditar as regras para que se observasse mais o estilo de vida americano. No início do século 20, metais menos preciosos, como o aço, começaram a ser largamente utilizados. As referências vinham do cubismo espanhol de Picasso, das linhas retas de Bauhaus (a escola alemã) e do início do cinema hollywoodiano.
Atualidade: tecnologia e design
No atual ramo de joalheria, busca-se algo a mais do que o mero valor da peça em ouro ou de metais preciosos. É preciso que o design seja confortável de se usar, com referências clássicas e emblemáticas e que fujam do padrão. Aprendeu bastante sobre a história do design de joias? Esperamos que possa usar os conhecimentos adquiridos para melhor escolher as peças para sua loja e, é claro, para a sua apreciação, também! Aproveite para conferir este outro artigo sobre as possibilidades de se trabalhar com o ródio e conheça ainda mais sobre essa arte!